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“O meu amor⁣ Tem um jeito manso que é só seu⁣ E que me deixa louca⁣ Quando me beija a boca⁣ A minha pele toda fica arrepiada⁣ E me beija com calma e fundo⁣ Até minh'alma se sentir beijada, ai”...⁣ Eu poderia colocar a letra toda dessa obra prima de Chico Buarque aqui! Essa música traz uma sensualidade, carregada de simplicidade, pois nos remete aos momentos mais íntimos de uma relação amorosa, de uma forma real, literal. Quando essa mulher retratada na letra fala do seu amor, ela nos mostra a parte selvagem, sexual e prazerosa do amor. ⁣ Seu amor, não importa quem for, merece ser lembrado dessa forma. Uma relação amorosa não tem apenas recadinhos amorosos, fotos felizes e conversas prolongadas. Também não tem apenas a rotina do dia a dia, com todas as suas regras e normalidades. Uma relação amorosa é formada de momentos, uns mais puros, outros nem tanto. Mas precisamos falar e lembrar disso aí, que Chico nos mostra tão bem nessa música. Quando sua pele arrepia, o coração acelera e

Toda menina baiana

“Toda menina baiana tem um santo, que Deus dá Toda menina baiana tem encanto, que Deus dá Toda menina baiana tem um jeito, que Deus dá Toda menina baiana tem defeito também que Deus dá”... E aí, vamos acordar essa menina baiana que mora aí dentro? Hoje de manhã ouvi essa música e imediatamente me bateu aquela velha vontade de sair dançando pela casa. Já fiz muito isso! E faço ainda, sempre que me dá vontade. A música tem esse encanto, de nos movimentar ou aquietar, a depender da letra ou melodia. Sou movida por música, desde criança. Meu pai me apresentou às clássicas, orquestradas, Elis, Caetano, Gal, Chico, Gil. Com minha mãe, assisti ao primeiro Rock in Rio, ainda criança e me apaixonei pelo Queen! Costumo brincar, dizendo que minha vida literalmente tem trilha sonora! Já participei até de uma comunidade no Orkut com esse tema: “Minha vida tem trilha sonora”! Nossa, fui longe agora, hein!? A música faz isso com a gente! Mas, voltando à menina baiana do Gil, acredito qu

Racismo escondido no bolso

Sobre o racismo escondido dentro do bolso...Nos últimos dias assistimos novas barbáries contra as pessoas negras. Seres humanos foram mortos de forma brutal, a olhos vistos, um ato de racismo declarado. Sim, porque o que houve no Brasil com João Pedro, foi mais um caso de racismo. E agora, nos Estados Unidos, com George Floyd. Novamente, mais uma vez, de novo, de novo e de novo! Até quando? Essa pergunta se repete há séculos e nunca chegamos ao fim dessa barbárie! Reconheço que não estou no meu lugar de fala quando abordo isso, porque nunca sofri racismo. Por que será? Está na cara! Branca, cabelo liso, estudou em escolas particulares, sempre morou em bairro considerado "nobre", dentre outros privilégios. No entanto, a partir do momento que me manifesto, deixo de ser apenas contra o racismo e passo a ser uma pessoa anti racista. Quando lemos um pouco sobre o tema, passamos a entender melhor como isso se formou na nossa cultura e passou a ser, pasmem, algo natural! Desde muito
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O corpo marcado, cheio de histórias. Talvez quem olhe, veja apenas as cicatrizes, cabelos brancos, rugas...mas o que quase ninguém conhece são as histórias de cada uma dessas marcas. Cada pessoa é única e leva consigo um mundo impossível de ser totalmente revelado. Aquilo que está por dentro, feridas não vistas, às vezes cicatrizadas, outras não. Isso só quem leva sabe. Só quem vive cada história. Há uma ingenuidade com pontada de arrogância, quando acreditamos conhecer totalmente o outro. Na verdade, sabemos só o que nos é revelado, mesmo que isso ocorra de forma inconsciente. Mas algumas experiências vividas, jamais serão reveladas. E, o mais importante, o sentimento que surgiu em cada experiência, isso só a própria pessoa sabe. Não conheço as pessoas dessas fotos.Posso imaginar milhares de histórias para essas linhas, essas rugas, tão visíveis. A verdade dessas marcas está protegida, lá dentro, bem no fundo desses corpos. E isso é esplêndido! Quase mágico! Convivemos por tanto tempo
Vem cá, me conta bem de pertinho, como está o seu home office? Por aqui, sigo tentando me ajustar, conciliando casa, faxina, comida, filhos, marido, trabalho...O quarto do filho virou escritório para todos. De manhã, ele assiste aula. Se alguma audiência ocorre no mesmo horário da aula, fico no quarto fazendo audiência. Se o marido tem também audiência ou reunião, vai para a sala. Duas vezes por semana, a outra filha tem aula de inglês. Mas também tem a aula dela de alongamento e precisa tanto da internet, quanto de espaço. E ficamos assim, nos dividindo entre todas as tarefas. Hoje, especialmente, estou me sentindo esgotada. Queria entrar nesse quarto, fechar a porta e esquecer a vontade/necessidade de lavar o chão da cozinha. Queria que o filho sentasse para fazer a atividade de forma bem responsável e madura no alto dos seus 9 anos e não me chamasse nenhuma vez. Mas, por quê??? Simplesmente, porque, em meio a uma Pandemia, que não sabemos quando ou se termina, todas as nossas obriga

Parabéns, Ilhéus

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Parabéns, Ilhéus!! Nascer em Ilhéus é um privilégio. Morar, aqui, nem se fala. ⁣ Ser ilheense significa ter pé na areia e umidade no ar. ⁣ Ser ilheense é andar de havaianas e tomar água de côco no canudo. ⁣ Ser ilheense é sentar no leãozinho da Catedral e imaginar que ele é de verdade. ⁣ Ser ilheense é sentir a brisa ao entardecer e ouvir os periquitos que fazem festa no centro da cidade. ⁣ Ser ilheense é se acostumar a ver os barcos de pescadores indo e voltando, trazendo peixes para a cidade. ⁣ Quem nasce e cresce em Ilhéus é assim. Se acostuma a acordar de manhã e ter uma paisagem de presente, dando bom dia! ⁣ Cada canto da cidade tem um cheiro e conta uma história. Se você parar um minuto e perguntar a um morador mais velho, ele vai te contar tudo, desde o porquê da Rua da Linha ter esse nome; quantos leõezinhos ficavam na praça da Catedral; vai te falar sobre o canhão que fica no Outeiro; vai lembrar o cheiro de chocolate que tem no Iguape; vai dizer o nome

Sobre machismo

Engana-se quem acredita que o machismo faz mal somente as mulheres. Como é uma construção história e faz parte da nossa sociedade, vamos repetindo os padrões automaticamente, sem percebermos o quanto estamos contribuindo para a perpetuação dessa prática. Como já citei em outros momentos, quando um homem se propõe a desconstruir um estereótipo que estava acostumado, reconhecendo que suas atitudes machistas agridem outras pessoas, ele está dando um passo para o auto conhecimento e cuidado com o próximo. Nesse sentido, é fundamental que homens analisem suas ações, palavras e sentimentos em relação as mulheres. Voltem um pouco no tempo e lembrem em quais momentos vocês se sentiram coagidos a terem uma atitude de "macho". Homens choram, sofrem, amam, sorriem, sentem medo, se intimidam, alguns não gostam de jogar bola, outros gostam de dançar, alguns não querem sair por aí ficando com várias meninas só para mostrarem que são os "melhores", outros preferem brincar com suas