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Mostrando postagens de março, 2019

Filhos

Ela esperou por ele, desde sempre...uma espera de 12 anos! Ele, por sua vez, chegou e ela já estava ali, com olhos transbordando amor. Um amor tão intenso, que às vezes me afasto um pouco e fico apenas observando, expectadora daqueles seres que eu trouxe ao mundo. São tão iguais e diferentes ao mesmo tempo! Cada um com seu jeitinho, suas peculiaridades... Ele, uma espoleta no auge dos seus 7 anos. Ela, meio menina, meio mulher. Os dois, meus amores. Por eles, tento ser uma pessoa melhor a cada dia. Não lhes prometo coisas materiais, essas vão chegando, sempre chegam... O que prometo e dou, é minha presença, meu amor e minha dedicação, todos os dias, eternamente, mesmo quando eu já não estiver por aqui. Ao olhar esses dois, uma paisagem para os meus olhos, o coração dói, de tanto amor e também preocupação. Uma vez li em algum lugar que ser mãe é passar a ter “o coração batendo fora do seu corpo” e assim é. Tenho dois corações batendo fora de mim, andando, seguindo e descobrin

Dia da Consciência Negra

Dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra. Fiquei procurando várias mensagens que poderia colocar aqui, neste dia especial, que marca a luta de um povo. Mas, não encontrei nada que alcançasse a importância do dia. Só sei que meu coração sente um misto de orgulho, alegria, responsabilidade, vergonha... Minha cor? Dizem que sou branca, morena, me vejo amarela (bem pálida). Me sinto preta, amarela, azul, vermelha, branca, laranja, rosa, verde...depende do momento. Os sociólogos, antropólogos, historiadores e demais estudiosos do assunto nos dividem em etnias: aquelas advindas dos europeus; africanos; orientais; indígenas que já habitavam o Brasil; e de outros povos que vieram para cá. “ A composição étnica da sociedade brasileira é resultado de uma confluência de pessoas de várias origens étnicas diferentes, dos povos indígenas originais,negros africanos , dos colonizadores portugueses, e de recentes ondas imigratórias de europeus, árabes e japoneses, além de outros povos asiáti

Ela

Ela é toda alegria e desastre. Um sorriso, um tropeço e um recomeço....Sem medo de tentar novamente, vai lá e tenta de novo. E de novo...até aprender a não cair (ou não rsrs). O importante mesmo é continuar...sempre. No seu mundo as memórias da infância estão logo ali, sendo necessário apenas um gatilho, para que todas (as boas, principalmente) surjam vivas em sua mente. Basta um cheiro característico e logo está na cantina da sua primeira escola. Ou o som de uma música e chega na casa onde passou a maior parte da infância. Ou ainda, uma comida preparada por sua mãe, e logo surgem as mais variadas recordações dos longos almoços de domingo, onde a casa se enchia da algazarra de crianças rindo, chorando, gritando, correndo pra lá e pra cá. Uma mulher totalmente encantada com a vida e com os pequenos prazeres do dia a dia. De bem com seu corpo e tudo o que já viveram juntos...acontecimentos registrados em cada cicatriz, ruga ou fio branco. Cada parte sua tem uma história, que às vez

E o que ela faz com essa culpa?

E o que ela faz com essa culpa, que a acompanha todos os dias? Mulher, filha, mãe, irmã, esposa, profissional, amiga, patroa, estudante, nora...enfim...esses são apenas alguns dos atributos que lhe cabem. Todos os dias, uma rotina implacável a espera (e ela também espera pela rotina, não pode negar). Acorda cedo, prepara um café da manhã rápido, pois não gosta de sair sem comer (a tal da rotina, o hábito, costume ou gostar). Acorda o filho que, ainda sonolento, sempre pede por mais um pouquinho de tempo. Ela, com pena, concede. Volta para a cozinha, café pronto, começa a comer. Lembra, culpada, que o filho não levantou e volta ao quarto para chamá-lo mais uma vez. Enfim, consegue que ele levante e vá para a mesa...ops, desvia para o sofá, querendo dormir mais um pouco. Explica que não pode, por causa do horário, o tempo não espera, a escola está lá e a aula vai começar! Depois de alguns minutos, o filho já tomou café, banho, escovou os dentes e está pronto. Nesse meio tempo, ela